Eu realmente não gosto de filmes de terror.
Sou medrosa mesmo.
Sou daquelas que, se vir um mísero trailer de terror no cinema, fecha os olhos e fica cantarolando com os dedos no ouvido até ele acabar.
E o grande trauma da minha vida, a produção que me aterroriza à alma até os dias de hoje é A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, o longa de 1999 dirigido por Tim Burton e estrelando Johnny Depp e Christina Ricci.
Imaginem, então, o meu desespero ao descobrir que uma adaptação para a televisão estava sendo produzida pelo canal Fox! Sleepy Hollow teve a sua estreia em 16 de setembro deste ano e, graças aos deuses protetores dos medrosos, mantém o nível de terror bem na marca do aceitável.
Na história da série, Ichabod Crane (Tom Mison) é um soldado lutando ao lado dos americanos contra o Império Britânico em 1781.Sou medrosa mesmo.
Sou daquelas que, se vir um mísero trailer de terror no cinema, fecha os olhos e fica cantarolando com os dedos no ouvido até ele acabar.
E o grande trauma da minha vida, a produção que me aterroriza à alma até os dias de hoje é A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, o longa de 1999 dirigido por Tim Burton e estrelando Johnny Depp e Christina Ricci.
Imaginem, então, o meu desespero ao descobrir que uma adaptação para a televisão estava sendo produzida pelo canal Fox! Sleepy Hollow teve a sua estreia em 16 de setembro deste ano e, graças aos deuses protetores dos medrosos, mantém o nível de terror bem na marca do aceitável.
Durante uma batalha sob o comando do general George Washington, Ichabod decapita, antes de morrer, um soldado europeu e, ao morrerem juntos, os dois acabam interligados por sangue.
Quase 250 anos depois, o Cavaleiro Sem Cabeça é trazido de volta à vida – e, com ele, ressuscitando Ichabod, que acorda na cidade de Sleepy Hollow em pleno século 21. Seu caminho acaba encontrando o da Lt. Abbie Mills (Nicole Beharie), a detetive encarregada da investigação das mortes provocadas pelo Cavaleiro.
O primeiro passo para gostar de Sleepy Hollow é desapegar do filme (e esse conselho é válido qualquer outra forma de adaptação, ok?). Sim, Tim Burton é espetacular e fantástico, mas a série é outra obra, outro programa, outra releitura do conto original de Washington Irving.
Na nova versão, o Cavaleiro Sem Cabeça é a Morte, um dos Cavaleiros do Apocalipse; a cidade possui forças do bem e do mal e Ichabod e Abbie fazem o papel das duas Testemunhas, sendo as únicas que podem realmente impedir o fim do mundo.
Simples assim.
Abbie Mills é, sem dúvida, uma dos destaques da série.
A personagem é decidida, independente, forte e engraçada sem clichês, e Nicole Beharie faz jus à importância do papel.
Além disso, a química entre Beharie e Mison é boa o bastante para fazê-los fluir em cena, criando uma dupla carismática – ilustrando uma parceria que evolui e se fortifica no passo certo.
Ichabod, depois de sua experiência de “não-morte”, acredita em todos os eventos fora do comum que acontecem na cidade.
Já Abbie é cética, custando a acreditar neste seu gigantesco papel para salvar a humanidade. Ainda bem, ou tudo seria fácil demais.
A dose de ceticismo traz a realidade aos episódios, mantendo a trama com um dedinho do pé no chão: Abbie se guia por métodos objetivos e lógicos, por mais supernaturais que sejam as variáveis.
O programa mistura misticismo, história, supernatural e uma dose de religião. As aventuras de Ichabod com a tecnologia são o escape cômico do programa.
Um cavalheiro do século 18 (e que usa sempre a mesma roupa, aparentemente), o pobre coitado sofre ao ter que lidar com carros, computadores, latas, embalagens de plástico, chuveiros e outras maravilhas do mundo moderno.
A parte histórica, por sua vez, tem tal importância que acaba deixando os espectadores não-americanos brevemente perdidos em alguns momentos. Ichabod, pelo que parece, conheceu todas as pessoas importantes para a Independência Americana!
Então, nós, brasileiros, temos que fazer aquela forcinha para lembrar os nomes dos envolvidos neste período.
Ainda assim, nosso conhecimento é superficial se comparado ao dos estadunidenses, claro. Isso faz com que certos diálogos sejam como uma piada interna: são citadas anedotas e pequenos fatos sobre presidentes, batalhas e eventos importantes para a vitória dos americanos, e tudo além do conhecimento não tão aprofundado da audiência internacional do programa.
Os episódios de Sleepy Hollow tem soluções bem complicadas para seus problemas, mas, no fim, a trama é bem simples: é o bem contra o mal.
Os lados não se misturam; é preto no branco. O seriado possui direção e roteiro decentes, efeitos especiais satisfatórios e boas atuações. É arrumadinha e bem feita, com pouco de errado.
Em contrapartida, não possui nada de extraordinário, impressionante ou inesquecível.
Agrada enquanto se assiste, mas uma semana sem vê-la não faz sentir falta. É legal, mas só isso.
Com 13 episódios na sua 1ª temporada, Sleepy Hollow já foi renovada para a 2ª. Asssista aqui ao trailer do seriado:
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